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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Critique de Cinéma: A Invenção de Hugo Cabret


Poucas coisas nos dias atuais são delicadas e singelas. Ou talvez, nós que não enxergamos o que há de mais sensível em nosso meio. As artes nos prédios dos centros urbanos, as árvores, o cantar dos pássaros. Tudo fica diferente quando nos atentamos aos detalhes que passam despercebidos no dia a dia.
 
O filme Hugo (título original) é a perfeita noção de que nós, que já curtimos de tudo nos cinemas (explosões, catástrofes, carros velozes, tiros em demasia), necessitamos de uma parada para apreciar a beleza da chamada sétima arte.

O filme em si não o que possamos dizer um Nuovo Cinema Paradiso, mas se assemelha no aspecto da simplicidade e da singeleza com que as coisas são apresentadas. Parece, que mesmo tendo seus 30 minutos de lentidão para contar a breve dia a dia do órfão Hugo, não atrapalharam a imersão aos que esperam por um espetáculo.

O filme, todo em 3D, dá gosto de assistir. O diretor Martin Scorsese  esqueceu seu passado de gângster e mafioso, e aflorou de vez (pois já havia mostrado em, O Aviador) a sensibilidade que a vida pode ter tirado, mas o cinema o trouxe. Sua direção impecável, deixa com que o filme, ao seu tempo, trouxe a tona o que faltava para o ambiente 3D, sentimento. Essas circunstâncias me fez refletir: como seria se  Harry Potter fosso filmado em 3D.

Bem Kingsley é gigante na atuação. Atuou como se George Méliès fosse. Do que li sobre Méliès posso simpatizar como a atuação e a satisfação com que o ator o fez. Simplesmente, um presente ao velho ator que não tem medo de trabalho.

 


Parabéns ao jovem Asa Butterfield – emocionante atuação. Seu choro convenceu até as crianças no cinema. Elas estavam, certamente, envolvidas a história do órfão. Não conheço sua trajetória, breve acredito, mas será, sem dúvidas, um belo ator.


 
E o que dizer de Sacha Baron Cohen? Oh Deus! Que personagem delicioso, cheio de conflitos e incertezas. Não deixando se lembra das peripécias do passado e do futuro. Lembrando em nada os personagens Bruno e Borat (mas Borat agente perdoa).

 


No fim, Hugo, ao que parece, é uma homenagem que Scorsese faz ao cinema, aquele que lhe deu tudo. Não imaginei melhor homenagem.

E para você que não quer assistir a filmes com explosão, cenas picantes, tiroteio e catástrofes, pode assistir a este longa que trará boa experiência, mesmo que cara.

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